Em 1978, fizemos um passeio pelo rio Doce.
Eu tinha um tio que era um desbravador, Marísio Paiva Fernandes. Ele foi criado , assim como minha mãe, Naiah Paiva Fernandes, e todos os seus demais irmãos nas margens do rio Pequeno, na desembocadura para o rio Doce. Eles conheciam tudo isso como a palma da mão.
Bom, eu no "alto" dos meus 11 ou 12 anos não conhecia muito bem a geografia de Linhares, mas o meu querido tio e padrinho sem saber me deu a mais bela lição de geografia da minha vida.
Fizemos um grande passeio de barco.
O barco foi nos apanhar no rio Doce. Quando falo nós refiro-me à criançada , éramos tantos primos e primas... Bem, então entramos no Milagre, sim o nome do barco era Milagre. Então fomos. Atravessamos o rio Doce, atingimos o rio Pequeno entramos pela lagoa Juparanã e atingimos a praia de Atahualpa, naquele tempo ainda não era conhecida como Minotauro. Foi aí que eu entendi como os rios e as lagoas se entreligavam, minha lição de geografia. Que imensidão d'água, que beleza! E a brisa fresca em nossos rostos infantis.Chegamos lá cantando "Glória, glória aleluia"guiados pelo Capitão Marísio para um belo dia de domingo em família, pois outra parte do grupo foi de carro e já estavam nos esperando com a brasa quente para o churrasco na beira da lagoa.
Boas lembranças de um tempo...
Meu tio já se foi. Nunca tive a oportunidade de lhe agradecer por este passeio inesquecível no Milagre.
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