sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Dama de honra

Fui dama de honra por duas vezes. A primeira foi quando eu tinha cerca de cinco anos no casamento de minha prima Tamara.
O meu vestido era vermelho, longo, cheio de florzinhas feitas com um boleador e tinha uma longa fita que fazia um laço bem bonito atrás.
No dia do casamento tiramos muitas fotos com o fotógrafo, que eu não sei o nome mas que lembro muito bem dele, eu me lembro que ele pediu para dar um beijo no rosto da noiva, mas era só pra fingir, e eu dei um de verdade, ai morremos de rir.
Foram feitos muitos ensaios na igreja para saber como eu ia entrar , e sair e aquela coisa toda, o único problema foi que não me falaram, é que eu ia ter que entrar de mão dada com o pajém. Aliás, não sabia nem que ia ter pajém. Só fiquei sabendo disso na porta da igreja. 
Ele era um menino muito bonito, loirinho e de olhos azuis, de vez enquanto ele tirava um pequeno pente do bolso e ajeitava o cabelo. Mas eu no meu desespero, não conseguia ver a beleza que hoje descrevo. Na minha cabeça, eu achava que todo mundo ia pensar que era eu que estava casando.
O segundo casamento que fui dama de honra já estava mais experiente,devia ter cerca de oito anos, não ia cair mais em nenhuma armadilha. Foi o casamento de minha prima Regina.
Éramos cinco damas , eu, Patrícia, Alvina, Libânia e Cláudia.
As quatro vinham atrás de mim, e eu vinha carregando as alianças na frente.
A roupa era uma saia longa rosa e uma blusa branca de laise. O problema, foi que a minha saia ficou longa demais e eu passei o maior aperto quando fui subir o altar que eu pisei na barra da saia  e esta ficou presa embaixo do meu sapato. Finalmente consegui me livrar da situação. Já pensou se eu caísse no meio do altar? 
Pensei que estivesse livre das armadilhas!
Vida de dama de honra não é fácil.

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