domingo, 6 de dezembro de 2015

O quintal

No fundo do prédio tinha um quintal e colado à loja foi construída uma cozinha com acesso para a loja , assim minha avó podia cozinhar e atender na loja quando sobrava tempo. 
No quintal também tinha um poço artesiano e umas caixas d'agua térreas que pareciam umas piscinas. Minha mãe morria de medo de nós cairmos dentro do poço e como já estava desativado, por volta de 1972, com o nascimento do meu irmão finalmente ele foi  soterrado com entulhos.O quintal era nosso espaço nossos velocípedes ficavam lá nos esperando, tínhamos um balanço de ferro e árvores , pé de manga e pé de abacate. Lá nesse quintal também tinham umas formigas, muito malvadas, enormes e dotadas de uma puã na cabeça e quando elas mordiam doía muito, e elas não largavam, não sei por que elas adoravam a minha irmã Adriana. Sem falar na formiga-fogo que era fogo mesmo. Ele era cercado por muros com sistema de segurança de última geração, os cacos de vidro.Esse era nosso mundo alí brincávamos de casinha, boneca, marelinha,roda, pega-pega, cozinhado. Quando acabava a brincadeira a gente cantava:
"Acabou a brincadeira,  Olê, olê, olá!" 
E quando o quintal estava cheio de folhas que caíam das árvores a gente varria e depois fazia uma fogueira. Ficava aquele cheiro de fumaça no ar.
No quintal tinham os varais para estender a roupa pra secar. Era gostoso ver os lençóis voando ao vento.
No fim do dia nada melhor que subir pra tomar banho e jantar pois no dia seguinte tinha muita brincadeira pra fazer de novo no quintal.

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